Primeiro o sonho antes que eu esqueça.
Na primeira parte, eu estava com o Mário e o Alexandre, em algum país da Grã Bretanha do lado de fora de alguns castelos. Eles eram bem próximos uns aos outros num campo, e eles estavam procurando uma parte chamada "the kilt room".
Os castelos tinham muitas entradas laterais, e eles estravam, davam uma olhadinha e voltavam, enquanto a gente ia andando pela lateral no jardim. O dia estava horrível de nublado.
Eu não queria de jeito nenhum entrar nesse kilt room, que no sonho eu sabia o que era e tinha uma carga muito negativa. Mas mais no sentido "sala de tortura" do que no sentido "aquário", não era um medo obscuro que eu tinha de ver essa sala, e sim um mais genérico.
Essa parte do sonho era isso, essa andada pela lateral do castelo, só eu fiquei com esse nome na cabeça "the kilt room" por o que pareceu horas, pensando no que seria uma sala com esse nome, que tipo que coisa assustadora se faria numa sala de saiotes escoceses.
Depois de ficar fermentando o nome da sala o sonho mudou de lugar, e eu estava saindo de um museu de noite no meio de uma cidade que falava inglês com muita chance de ser Londres. Dessa vez eu estava com a Camila, namorada do Diógenes, ambas esperando por ele numa escadinha de frente pra rua, mas ainda dentro do museu, porque estava chovendo. As luzes do museu estavam todas apagadas já.
Tinha um funcionário do museu ali, com uma roupa de época com aqueles shortinhos de balão e chapéu de pena, tentando explicar alguma coisa pra gente sobre a chuva, ou sobre a capa de chuva que eu estava colocando, mas ele não conseguia. Aí ele viu que a gente era brasileira e falou em português, um sonho que é realizado diariamente mundo afora rsrs.
Não lembro o que ele falou nem a importância, mas saímos de lá para procurar o Diógenes não no museu, mas no shopping adjacente, pra não ter que sair na chuva. Na hora fez sentido.
O shopping estava fechado e apagado e vazio, mas aqui e ali tinha alguns funcionários ainda. Todos fantasiados de alguma coisa e todos brasileiros.
E a gente foi, voltou, subiu no relógio, desceu, andou de montanha russa, e eu sempre com o negócio do "the kilt room". Falando com a Camila, ou perguntando pros funcionários, ou falando sozinha.
No final, eu resolvi ligar a internet no meu celular e mandar um whatsapp pra ele, né, tentando encontrar o Diógenes de verdade ao invés de ficar zanzando aonde ele não estava
Até que ele apareceu de longe, era a única pessoa não fantasiada do shopping, e eu meio que acordei.
Aí vem a parte legal :D
Eu peguei o celular do Mário imediatamente e pesquisei "the kilt room", e eis que me aparecem os resultados para a pesquisa de "the quilt room", porque com kilt não existia. E pra piorar, quilt é uma técnica de costura de retalho.
Mas
Existe e era o primeiro resultado um certo "the quilt room", que é uma loja de 32 anos que fica numa cidade chamada Dorking, ao sul de Londres.
Li agora aqui que "The building is steeped in history dating back to the 15th century. Underneath the shop are tunnels and caves that run and join up under the High Street and were most likely used by smugglers many many years ago. We have also been told there are a few resident ghosts although we're not sure if they're quilters or not!"
Na hora em que vi esse resultado na cama eu era só a derrota, crente que eu tinha sonhado com uma sala misteriosa na Escócia e descubro uma loja de artigos de costura.
Aí eu digitei "quilt wiki" pra ver se tinha alguma desambiguação, e não. Meio que é isso mesmo. Então comecei a ler a página do "quilt" mesmo.
Chegando na parte européia da história do quilting, vi que "goes back at least do medieval times".
Dizia em seguida:
Italian quilts
Quilting was particularly common in Italy during the Renaissance. One particularly famous surviving example, now in two parts, is the 1360-1400 Tristan Quilt, a Sicilian quilted linen textile representing scenes from the story of Tristan and Isolde and housed in the Victoria and Albert Museum.
É o museu que minha mãe mandou eu ir e fica em Londres. Cliquei no link do museu e procurei a palavra "quilt", está lá. E cliquei no link Tristan Quilt.
"The Tristan Quilts are the only known surviving examples of medieval quilts".
Agora eu posso ver o tal do pano costurado em Londres e quem sabe descubro porque eu estava fugindo dele num castelo.
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