can you blame me?

Ontem, eu tava meio... né
Além de muitas coisas terrenas acontecendo, eu saí de casa ouvindo Marina and the Diamonds, como tenho feito bastante, e escutando a música Hermit the frog, como faço todo dia, eu finalmente entendi o que é o glass balloon, e minha obsessão pela música só aumentou mais.
Ok, não "entendi", mas "criei um significado". Vamos chamar o "balão" de "casulo", e vamos dizer que o seu desprovimento torne algumas coisas mais fáceis pra mim.

Além disso, minha vontade era de ficar assistindo Sherlock Holmes o dia inteiro, e em dado momento do dia eu tive problemas corporativos, que ai, nem vale a pena.

Só senti um bom momento do dia quando já era quase meia noite, e eu tava no supermercado, andando sozinha pelas corredores vazios, ouvindo o carrinho...

na panela


Quando eu tô mal, a vida sempre foi ruim, longamente.
E quando eu tô bem, nada pode dar errado.
Tem jeito?
Porque a única coisa que eu aprendi foi a não me levar a sério.

conclusão

Três vezes eu cheguei a essa conclusão essa semana, em situações totalmente diferentes sobre pessoas totalmente diferentes: é mais fácil pra mim.

canonização do Paul MaCartney parte #5

Paul MaCartney dança no show de Lady Gaga

el sid

Foi o show da história da minha vida, com certeza. Tava tudo contado ali.
Eu conheci LCD Soundsystem só em 2007, e nunca fui a fundo, tem umas músicas muito insuportáveis.
Mas as que eu gostava eram a minha vida naquela época.
Depois eles só lançaram álbum novo ano passado, e de novo, algumas músicas eram insuportáveis, mas as outras viraram a minha vida e meu despertador, como "I can change".

Eu não fui no show de 2007 pq eu era cabeçuda, tem bem a ver com a época.
Essa era a minha segunda chance e a última, porque a banda acabou.

E foi assim: "Laura then and now", minha vida nos últimos 4 anos escancarada.

01. "Dance Yrself Clean"
02. "Drunk Girls"
03. "Get Innocuous!"
04. "Daft Punk Is Playing in My House"
05. "I Can Change"
06. "All My Friends"
07. "You Wanted a Hit"
08. "Tribulations"
09. "Movement"
10. "Yeah"
11. "Someone Great"
12. "Losing My Edge"
13. "Home"
14. "New York I Love You But You're Bringing Me Down"

A primeira foi a melhor. Inegável.
Teve o momento micareta com Tribulations.
Eu odeio Drunk Girls e Daft Punk, mas isso não interferiu no show haha.
Só faltou On Repeat... aí batia o show do Rapture como único show em que tocou todas as músicas que eu queria.
Mas assim, da 01 a 10 foi numa batida só,  e bem no meio está "I can change" e "all my friends". Sem sobreviventes.
E em "Yeah" teve treta com os seguranças e a música deixou o povo bem "calminho".
Depois teve intervalo, e depois veio Someone Great.
Deixou essa pro final, acabou, o resto foi pra descansar.

E gente, quando o show começou eu vi o cara do Hot Chip, o Al Doyle, o guerreiro, e não acreditei.
Primeiro, não acreditei de verdade, achei que era alguém que tinha a mesma cara, o mesmo cabelo e a mesma roupa do Al Doyle do Planeta Terra. Mas depois ele foi apresentado como "al doyle from hot chip here with us"
O cara que afinou os instrumentos junto com o vocalista no Playcenter também estava tocando guitarra na turnê do LCD Soundsystem???
Que exemplo.

Resenhas
folha
ig (peloamorrrrr, someone great é sobre morte... )
terra (adorei a definição de "bis")

mais um desenho



não sei se é coincidência, mas acho que tá dando certo esse negócio de desenhar polvo.
tive até uma outra idéia (tô mto determinada a conseguir olhar pra um polvo sem que meu cérebro derreta).
... mas vou testar antes de contar.

tô meio perdida porque eu não sei se a solução pra isso é comecar pelo polvo em si ou por resolver coisas obscuras da minha mente.
é que eu já falei tanto disso na terapia e já entendi tanta coisa, mas eu ainda fico em choque quando vejo um.
Essa parte não foi pra frente, a parte física da coisa mesmo.

uma pessoa tem que ser capaz de olhar pra uma imagem.

Não tô planejando o mergulho nem a ida ao restaurante de frutos do mar ainda, é só isso, uma pessoa não pode ter medo de uma imagem.

E o engraçado é que eu tenho essas imagens na minha cabeça, constantemente, só não posso ver.



fato

Fatíssimo.
Faz um tempo que eu queria escrever sobre isso.
Faz anos.

Mas pegando como exemplo uma aula dessa semana, na qual o inconsciente coletivo resolveu se manifestar lindamente contra ter aula na forma de despejar todas as inseguranças na professora, o que acontece é: quando eu estou numa sala cheia de gente e algumas estão falando, SEMPRE, mas assim, sempre, desde que eu sou criança, vem alguém falar que eu não falei nada.
90% das pessoas estão quietas, mas sempre reparam que eu não falei nada, e sempre dizem que eu sou quieta.
Quando eu era criança, eu era sempre a tímida e a quieta da classe, mas eu não entendia porque, se tinha mta gente que se comportava que nem eu.
O tempo passou e nada mudou. E eu continuo sem entender.
A menina não chegou pra mim semana passada e falou que eu tinha que falar mais pra que as pessoas que falam merda falem menos? E ela nem me conhece.
Eu tenho cara de que alguém de quem vc pode esperar algo mais?
Nessa aula, uma mulher que tb não falou nada e inclusive nunca falou comigo, veio atrás de mim no intervalo pra reclamar que eu não falei nada.
É algo a se repensar.

Tô parecendo o Jack do Lost, né?
Afff...

Vou falar o que?
"acho que vcs são todos ridículos e nada disso me afeta. quem fala em público desse jeito quer mais aparecer dando voz à insegurança do que realmente expressar alguma coisa importante."
Eu sou alienada e obediente, não sei atuar em nível macro.
E acho que falar em público é superestimado.
 Na maioria das vezes eu sinto que não é pra tanto, e no resto das vezes eu me contento em saber que alguém está reclamando por mim. Depois eu resolvo o que tiver que resolver sozinha.

Mas apesar de ser bem passiva eu saí da fábrica com muita coragem pra defender momentos como "e daí que um avião bateu nas torres gêmeas? eu quero ter a última aula! vcs só querem ir pra casa mais cedo".
Nem comento o que eu fiz no tcc...


Obviamente, eu falo quando alguma coisa faz meu sangue ferver.
Como no primeiro dia de aula em que o povo tava muito cheio de querer se conhecer e impressionar e todo mundo começou a falar que restart é ruim e virou um consenso de que o povo ouve música ruim porque é burro e quem ouve música ruim joga lixo na rua.
Aí eu falei que eu não gosto de restart mas gostava de spice girls e o escambal qdo tinha 15 anos e que jamais como uma aspirante a programadora musical eu julgaria a diversão de outra pessoa ainda mais chamando ela de burra, primeiro pq ou ela não ia dar bola ou ia ficar ofendida. E que é mto perigoso achar que pobre joga lixo na rua e ouve música ruim, e expliquei longamente porque o cinema brasileiro não dá certo como exemplo.

E desde então as pessoas vem esperando mais de mim.
E desde então nada mais me importou a ponto de levantar a mão.
Mas desde então sempre que há um grande consenso e alguém vem me perguntar o que eu achei e eu sempre discordo, as pessoas revelam que "é, na verdade eu tb não achei..."
O que há de errado com as pessoas?
E o que há de errado comigo?

minha empresa vital

Em 26 anos, nunca tinha me ocorrido ou a nenhuma pessoa envolvida na minha vida, sugerir que eu desenhasse polvos.
E eu sei que isso que eu vou dizer agora dá material pra livros e livros de análise, mas, isso é uma boa idéia porque eu não posso ter medo de uma imagem que eu desenho.
Então, graças a chatisse da aula, e sem mais delongas, meu primeiro desenho:

27 horas

Passei a semana compartilhando no facebook.
Que loucura.

Me sinto com 18 anos.

Ontem eu entendi o que é claustrofobia quando a professora trancou a sala as 22h pq o pendrive dela tinha sumido, mesmo que de brincadeira.
Dia de balada, filha.

Tô odiando usar vestido e mochila, mas pela primeira vez eu e meu cabelo temos um objetivo, depois de muito tempo perdidos.

Acho que eu tinha que escrever mais coisa, mas tô acordada há 27 horas.

Ah sim, que a pessoa tem que sair por onde ela entrou... isso.

é oficial: eu odeio a humanidade

Deve ter a ver com o que eu digo sobre o ano passado ter sido o ano em que as coisas perderam a graça.
E algumas ganharam muita graça.
Mas hoje eu atingi o limite da peculiaridade, e o-di-ei uma aula show man que todo mundo amou.
Eu costumava gostar dessas coisas... no cursinho.

Hoje em dia, e especificamente hoje neste dia, é muita piada pra pouco sexo.

Como que eu sou imune a catarse?
Coletiva ainda??
Logo eu que sou um antro de superficialidade, uma cultivadora da ignorância.
Que só posto link de música no facebook e não vejo updates de ninguém.

e ainda são 16h50

Eu não ia passar sem essa semana na minha vida.
Como que um dia que começa com o The Drums vindo pro Brasil fica 15 vezes mais impressionante?!

começo de curso

com direito ao fetiche infantil universal da escola pegando fogo no primeiro dia.
really.

mas hoje teve aula, e a gente teve que se apresentar de novo.
e quando eu estava começando a suspirar meu "ah não..." o povo já tava se estapeando pra ver quem ia começar falando de si próprio.
de novo.
com a mesma cara de novidade do dia anterior.

e eu achei muito engraçado falarem que logaritmos não servem pra nada, que ler os clássicos é uma questão de enriquecimento pessoal, que paulo coelho é ruim, e a professora pedir pra gente ouvir mais rádios diferentes, sendo que eu gostava de matemática e enquanto as pessoas liam os clássicos eu ouvia radio dance, logo não preciso me esforçar pra saber quem é rihanna, muito menos pra gostar.

melhores eram os DJs fazendo curso de programação musical falando que não gostam de música comercial.

gente.

"carência" tá tendo todo um significado novo pra mim esse ano.

polvos

Olhei até ficar cansado 
De ver os meus olhos no espelho 
Chorei por ter despedaçado 
Os polvos que estão na banheira
 
Os punhos e os pulsos cortados 
E o resto do meu corpo inteiro 


Há polvos cobrindo o telhado 
E embaixo do meu travesseiro 
Há polvos por todos os lados 
Há polvos em tudo que eu vejo


A dor vai curar essas lástimas 
O soro tem gosto de lágrimas 
Os polvos têm cheiro de morte 
A dor vai fechar esses cortes 
Polvos 
Polvos 
Os polvos de plástico não morrem