vitrola

O assunto exclusivo essa semana foram os protestos e a reação violenta da polícia, primeiro contra o aumento da passagem do transporte público, e depois contra a copa do mundo nos jogos do fim de semana da Copa das Confederações, que por acaso começou na mesma semana em que o movimento ganhou bastante tamanho.

Eu acho os protestos em primeiro lugar importantes. Criaram uma onda inegável de conscientização.
Eu não vou, não porque as forças do mal do Estado me venceram, mas pq eu não gosto nem de pegar metrô às 18h. Não lido bem com hostilidade coletiva.

Em segundo lugar, e somente em segundo, eu acho distrativo. Em todo meu curto tempo de facebook eu nunca vi o assunto ser somente um e a oposição calada, assim como em meu curto tempo de vida nunca tinha visto a juventude atuante ter uma causa. Alguns de nós foram no impeachment de criança, mas não era a mesma coisa.

Eu entendo o que está acontecendo, realmente entendo. A polícia está trabalhando sob ordens e os jovens estão lutando sob uma onda ideológica. Uma onda que ganha força com as águas do "por que não agora?" arrastando todos. Realmente, se houver paz e não depredação, não há nada a perder além de nacos de pele. Fico cantando essa música do Saltimbancos na cabeça: Todos Juntos

Sabe o que eu fiz neste fim de semana?
Fui com a Fernanda na Leroy Merlin comprar tinta enquanto o Mário ia sacrificar a jeanie com o Frog. Depois fui na Leroy de novo com o Mário comprar massa corrida, eu vestida com o uniforme da 2001 e com as mãos verdes e ele com uma camiseta do Angra de 98, porque tínhamos pintado a parede que era pra cobrir com massa. Paramos no caminho para dar parabéns para a Camila. Chegando em casa tava tudo pela metade ainda, os vizinhos tinham reclamado, eu tinha as mãos e o tanque pra limpar com o tiner.
Hoje o Mário terminou de passar massa e eu tirei todos os adesivos da janela com o Tira Grude, produto mágico que tira cola velha de vidro, uma pequena batalha que eu venci sozinha

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