coisas da morte

A gente estava voltando de deixar a vó do Mário em casa do hospital, e minha me ligou, contando que meu tio ia morrer aquela noite. Então algumas coisas aconteceram.
A primeira é que sabendo disso eu fui no Outback. Porque eu sabia, porque a gente estava doente e não tinha comido o dia inteiro e já era 19h, porque a gente ia passar a madrugada em outro hospital, porque era a última coisa boa que a gente podia fazer antes disso.
A segunda é que no que eu tive uma "sensação", minha mãe do meu lado teve exatamente os números do horário do óbito, 2, 0 e 9. Foi 21h20. Imagina a tatuagem dela.
A terceira é que quando minha tia chegou no hospital, estava tocando a música do casamento dela na novela das 7.
A quarta é que meu tio morreu assim que o meu primo que faltava chegou no hospital.
A quinta é que era o dia do aniversário do meu avô, pai dele e do meu pai.
A sexta é que meu pai falou que minha vó tinha ido buscar meu tio.
A sétima é que minha tia deu tchau pro caixão quando ele desceu.

Música ambiente

Um dia em que estava no Applebees com o Mário, o Artur e a Pamella, fui no banheiro desesperada e tava tocando Wild Wild Life.
Foi o dia da galinhada.

No dia em que eu vim na Turiassu com a Ana Paula estava tocando Drive no estúdio. 

Under my Thumb remix na loja da José Paulínio onde minha mãe comprou a bata prateada

Catch na última House Party do FingerFingerrr

nobody's cold nobody's warm

Fiquei pensando em músicas sobre o tempo hoje, e imaginei o The Doors tocando The Sun and The Rain, do Madness.
Consegui transpor certinho na minha cabeça. 

Frutos


vidente paula

A Inglaterra está treinando um novo polvo para ser o oráculo da copa. Os canditados vêm do mesmo aquário que o Paul, que nasceu originalmente lá e só depois foi pra Alemanha.
O polvo que mais se destacou foi uma fêmea que ganhou o nome de Paula.
Treinar um polvo pra ser vidente faz menos sentido do que surgir um polvo vidente, mas pelo menos evita a fadiga cósmica, já que eu estou me preparando pra isso há 4 anos.

Help Me

Vou começar do começo, quando não há nada além de um sonho crescendo lentamente.
Sexta feira fomos ver o filme novo dos X-Men, o Dias de um Futuro Esquecido.
Não tem como um filme sobre gente vindo do futuro pra alterar o passado ser ruim, porque é o tema mais legal do mundo, então eu adorei o filme. De verdade. 
Assim como Time Travelers é meu episódio de How I Met Your Mother favorito.
Nesse fim de semana trêa coisas aconteceram: o Mário ficou com medo porque eu voltei a ficar triste, não teve Game Of Thrones e eu tive uma cólica monstruosa. Como consequência dessas três coisas, eu assisti a segunda metade da terceira temporada de Lost nos dois dias do fim de semana. 
E Lost é tipo o filho que ainda não veio da viagem no tempo. 
Eu odeio Game Of Thrones, é muito chato e nada original. É literalmente medieval. E é baseado num livro, assim como tudo hoje em dia é baseado num livro, gibi, refilmagem ou música do Chic.
Mas eu recebo gente aqui pra ver ao vivo todo domingo porque eu sinto falta de Lost, e da experiência coletiva de ver série. 
Eu desgosto tanto de Game Of Thrones que meu personagem favorito é a Cersei. 

Tenho medo de que esteja sendo plantado na cultura que mais do que não ter nada de original, nada que seja original preste. Não está longe a época em que as pessoas vão precisar de referência pra gostar das coisas. 

De qualquer jeito, a segunda metade da terceira temporada. 
Ela começa tão ruim e acaba tão bem que parece que é de propósito. 
A cena da cabana do jacob, que medo. É empatada com a cena do "we have to go back" como melhor cena da série. E com "I wont call for 8 years".

Lost of best

- Do you know how they opened the hatch?

- No, but if you hum it I can play it

***

Tomorow we're gonna find out what happens when people stop pushing the button and start getting real.
The real world: Island

o mesmo dia

Sabia que da hora em que o Jack e a Kate acham o Michael na floresta até o último capítulo da 2a temporada é o mesmo dia?

pessoas não vemos, intenções sabemos

Eu estava esperando o Mário na Fiesp hoje, e como tinha wi fi aberto, eu baixei o netflix e comecei a ver Lost lá na porta.
E eis que passa a Carol bem na minha frente, mas a tempo de eu enfiar a cara no celular. Que coisa.

janela

Hoje de manhã, eu estava dormindo sozinha no quarto e estava um frio, daqueles que ventam na orelha. Daqueles que tinha na minha casa antiga, quando eu dormia debaixo da janela. E somente lá.
Me trouxe lembranças distantes daquela época, que nem importaram tanto.
Só uma sensação de como eu passava frio então.

choveu gelo com 15º



Hoje choveu por dez minutos, durante a foto do batizado da Maria Clara, e mais rios e rios no fim do dia, quando a Carol e eu começamos a ver a última temporada de How I met your mother.

sonho de portugal

Hoje, entre outras coisas, eu sonhei que estava comendo brócolis, fazendo cobertura de alguma coisa pro facebook da rádio uol e que eu e o Mário fomos pra portugal.
A rua parecia ser de Londres, e a casa em que a gente estava tinha uma porta tipo vitral de banheiro com metal pintado de azul. Era uma casa engraçadinha.

Casale

A última prgunta da entrevista com o Gerald Casale do DEVO, sobre o possível fim da banda depois da morte do irmão


Heaven 17's Penthouse and Pavement and feel better ^^


sonífera ilha

Descobri o episódio que fez as pessoas dormirem incontrolávelmente do Lost. É sempre o mesmo, em todas as maratonas. É o Everybody hates Hugo.

No final ele distribui comida numa cena tão lenta na praia, e a musiquinha... que qdo muda pra cena final do Bernard perguntando pro Michael se tem uma Rose na praia, vc, se acordou, não consegue nem processar o diálogo e fica voltando e dormindo, voltando e dormindo. Aí ou dorme de vez ou assiste de pé segurando os olhos.

the secrets we kept and the lies we told


Depois que minha vida virou o seriado Nashville, eu fiz a única coisa que ea possível fazer: rever Lost.

Sabe por que Lost é bom?
Porque ela é completamente original. Não é baseada em nada. Mal é baseada nela mesma.
É fantasia não baseada em livros, é ficção científica não baseada em investigação policial, é sobre relações humanas e não é drama familiar, é sobre corrupção e política e não é sobre o presidente dos Estados Unidos.

Estou gostando mais do Jack e menos da Kate, por incrível que pareça. E só terminei a primeira temporada. Percebi algumas coisas novas:
O Jack tem muitas responsabilidades, demais. E realmente, como ele diz, todo mundo quer que ele decida as coisas até ele decidir uma coisa que alguém não goste.

Sun e Jin tiveram flashbacks individuais, sempre. Até no último episódio no qual tem as cenas dos personagens entrando no avião.

Boone morre na hora em que o Aaron nasce. E também ele "morre" quando fazem o search party para achar a Claire e ele vai com o Locke, enquanto a Kate vai com o Jack. É ali que ele se aproxima do Locke.

O acidente de avião interrompeu eventos muito certos na vida das pessoas: o Jack precisava enterrar o pai, o Jin não ia poder fugir, a Sun estava fugindo com o marido depois que decidir não abandoná-lo, a Kate ia ser presa, o Locke ia voltar pra vida normal, o Michael ia ser pai e não sabia o que fazer com o Walt, a Claire estava indo entregar a criança (mas o vidente sabia que não).

Já o Hurley, o Charlie, e o Sawyer, estavam voltando de coisas que eles foram fazer na Austrália

Os números realmente não significam nada, e o fato deles não serem explicados é a prova disso.

Mas em geral, e depois de ver só a primeira temporada pensando que eles não sabiam de nada, inocentes, em 2014 eu sinto falta dessa loucura desgovernada que foi essa série, sinto mesmo. Não tem nada desgovernado hoje em dia. Não sei nem se teve antes.
Flash Forward e Lost Room foram desgovernados, e não foram pra frente, pq deixar perguntas no ar é uma arte. True Blood é desgovernado de um certo jeito.
Community é tipo um Lost da comédia, definitivamente.
Roteiros muitos bons sempre serão feitos, como Arquivo X e Breaking Bad, mas os bons nunca são desgovernados e os desgovernados nunca são bons como em Lost


Leave this island

Estou baixando o disco novo do Maximo Park. Enquanto isso eu tenho baixar os vídeos que eu produzi no uol para subir no portfólio, porque eu tenho que ir atrás de trabalho, porque o freela que eu ia fazer se defez no ar depois de 2 meses de negocição. Ontem.

Agora eu tenho que ficar procurando os vídeos do Nirvana e do Caymmi pra subir, e eu não estou em nenhum universo pronta pra fazer isso. Pra abrir meu currículo e por que eu trabalhei no uol.

Como que eu pude ser demitida sem ter meu trabalho avaliado, sem ser conhecida por quem tomou a decisão, sem teram considerado meu comprometimento com o trabalho.

E agora, eu nem ficar triste posso, tenho que sair pedindo outro trabalho, e tenho que pensar que eu vou ter que trabalhar num lugar novo.

E o disco é ótimo.

The Promisse

Bruce Springsteen, depois de atingir fama e reconhecimento com o seu terceiro álbum Born To Run, estava subindo em cima da mesa e chutando portas, sabe por que?

O empresário, que pôs dinheiro do bolso pra conseguir produzir os primeiros discos no início. estava roubando contratualmente os lucros, e o Bruce não tinha ideia.

O cara nem tinha a intenção no começo, pois ele largou o emprego pra ser empresário do Bruce, e nem tinha noção de como fazer isso na época, mas o advogado dele fez o contrato mais aproveitador possível.

O empresário podia resolver isso sem prejudicar ninguém, mas ele foi adiante porque estava com ciúme do envolvimento do Bruce com um jornalista e também produtor, que fez a imagem e o som dele no Born To Run. E considerando tudo isso, o Bruce ainda conseguiu achar nele pra refazer todo o contrato, e deixar o cara como produtor somente, ia achar outro empresário, renegociar os lucros e manter o cara perto.

Ele topou. E no dia seguinte mudou de ideia e mandou a parceria com o Bruce pro vinagre, porque o pai dele falou que se não fosse pra tirar vantagem, não valia a pena.

Então os dois se armaram de advogados, e partiram pra batalha. O Appel processando o Bruce por começar a fazer outro disco sem ser com ele como produtor e outras quebras de contrato, e o Bruce por fraude e outras obscuridades contratuais.

Só que o Bruce não sabia se portar legalmente, e subia nas cadeiras e chutava portas. Nem os advogados dele, por melhores que fossem, sabiam lidar com alguém que não entendia de jogadas legais. Então ele trocou de advogados e esses bolaram uma estratégia mais adequada a ele: tornar a quebra de contrato uma quebra de relação. Porque segundo o livro, o Appel estava levando como briga judicial, que, se resolvida iria por as coisas no lugar. Então instruiram o Bruce a não olhar mais pra ele e soltar os cachorros do jeito certo, afirmando sempre que ele se sentia traído, que nunca mais ia ser igual, que não queria mais trabalhar com o cara.

Além de fazer tudo isso, ele ainda fez algumas músicas novas sobre a situação, entre elas, The Promisse.

Yesterday

Ontem eu acordei e antes das 10h já tinha feito comida e academia.
Passei a tarde lidando com o Supla pelo telefone, e ele ainda apareceu lá.
E na hora da saída eu fui despedida.
Junto com boa parte do uol.

may the 3rd

Estou organizando me iphone, e achei algumas fotos relevantes. E como maio é um mês cerimonial, é importante postar todo dia







Gwen Stacy morreu

E eu chorei que nem uma criança. Bom filme.

the stanley portable


Estou muito feliz de ter me formado em Portal 1, Portal 2, FEZ e Antichamber para poder jogar The Stanley Parable agora.
Acho que devia ser pré-requisito, de verdade.

A primeira coisa que você faz no Stanley é derrotar o sistema de manipulação., seguindo o que o narrador fala. Em 5 minutos.
A definição que algum crítico deu de "mistura de Portal com Monty Python" é apurada, dá pra fazer muita coisa em qualquer ordem.
E eu só joguei uma hora e meia.

A última dos moicanos

Peguei metade de um show do White Lies aqui que eu vivo perdendo na tv.
Essa metade contém Streetlights, Death, Unfinished Business, Power & Glory e Bigger than Us. 
Imagina na parte que eu não vi.

Sabe o que White Lies é? Além do começo do meu feriado e a segunda coisa que eu assisto depois de ouvir o programa sobre o mimic octopus no discovery?
É a última banda indie. 

A última coisa que me fez cantar com a mão no coração. Inclusive, depois de 2011 mal as bandas que eu já gostava funcionaram.

O indie já tinha acabado, estava naquela fase derradeira de Editors, British Sea Power, e veio o White Lies dar o último respiro antes do indie tacar o folk-se.

Foi assim que aconteceu.