Arquivo X- The beginning

Vou dizer rápido porque o que me impede de ver vários episódios de uma vez é que eu tenho que escrever sobre eles depois às vezes.
Esse episódio poderia ser o primeiro da série, porque é tão bom que dá pra pegar o que aconteceu antes pelos diàlogos, e ele mais do que ter uma história ongoing é sobre comunicação interpessoal, interesses e relações entre os personagens e com o trabalho.
Poderia ser o primeiro episódio porque ele reestabelece a relação entre os personagens depois de 5 anos de samba do criolo doido. 
Dito isso  devo confessar que paralelamente à mitologia da série estar melhorando, eu tb aprendi a prestar mais atenção à série, pois eu acho ela datada e difícil de acompanhar no falatório hj em dia.
Um pouco pela minha dificuldade mas também pelo fato dela não ser dramaticamentr mastigada como a maioria das séries e filmes são hj em dia, tanto os bons quanto os ruins. O nosso jeito de prestar atenção mudou e as informações precisam ser mais imediatas.
Então, assistindo esse episódio em modo anos 90, deu pra tirar muita coisa boa. O Mulder está puto com a Scully porque ela não cede à causa dele de jeito nenhum se não for do jeito dela. E, ela para o bem dele, quer explicar o que realmente está por trás dos fatos, sem pular para conclusões precipitadas. No final vale a pena esperar, porque não era uma questão nem de sim, nem de não. Na verdade #somostodosets
O Mulder se decepciona com um a um no fervor da causa, para depois, no devido tempo, cada um mostrar que agiu de acordo como o que podia ou queria. O Skinner, por exemplo, votou junto com a unanimidade contra a reintegração do Mulder no Arquivo X, mas roubou um caso pra ele conseguir chegar na cena do crime. Ele não é o cara que vai subir na mesa cantando Hair junto com o Mulder, mas gosta de ajudar o cara.
Mesma coisa a Diana, que também não vai desautorizar todos os agentes na cena do crime sozinha deixando o Mulder entrar como favor, mas vai na casa dele de madrugada sozinha para levá-lo na usina. 
São detalhes pequenos, mas que foram pensados e quem parar para prestar atenção pode aproveitar mais do que uma história de conspiração.
Eu, mesmo tendo aprendido a assistir a série e gostado muito de alguns dos últimos episódios da mitologia, não consigo e nem vou conseguir achar legal essa conspiração lavada maniqueísta simplesmente porque é 2014 e esse tema ficou pra trás que nem filme de guerra fria. Não vai acontecer.  Os monstros da semana ainda são os mais incríveis de todas as séries que eu conheço. Mas mesmo assim, os episódios de mitologia são muito bons abstraindo-se a época.
Lost, minha outra série favorita, por exemplo, é o exato oposto. É feito de mitologia, psicodélica, e os episódios isolados são os mais fracos. E é de 2005.

Nenhum comentário: