Um mundo de cada vez




Hoje eu dava um braço pra continuar lendo meu livro no ônibus.

A gravação do The Wall é a pior parte do livro. Eles tiveram que sair da Inglaterra em um mês com as famílias inteiras porque estavam à beira da falência e... ok, passaram a primavera e o verão gravando no sul da França, em Nice.
Mas ainda assim, era de manhã, de tarde e de noite, e a única razão da banda estar gravando outro disco era a falência, e o Roger Waters agia o tempo todo como se tivesse fazendo um favor de deixar o resto da banda tocar no álbum.
O Richard Wright tava cheirando muito e morando no estúdio pq tava se separando da mulher e as filhas dele eram as mais velhas do grupo e estavam na escola; o Nick Mason gravou sua parte primeiro e foi correr no Le Mans, e o David Gilmour tava ali tentando trabalhar e impedir que o Water demitisse o Wright e o Mason da banda.

Mas aí o ônibus chegou.

E agora que eu tenho que pegar dois ônibus pra vir pro trabalho, tenho também que andar o tempo de uma música longa do ponto final até o prédio. Não sei porque tava Believe Me Natalie do The Killers lá, fazia tempo que eu não habilitava essa música. Fiz bem, voltei a gostando mais dela.

Chegando no trabalho li que na verdade o Terra não vai acabar.

Depois eu tive um almoço engraçado, choveu em mim aquela chuva grudenta, bem melhor que a de ontem.
Ai ontem, foi aquele fim do mundo, depois do 12 12 12.
Nada, mas nada deu certo.



Hoje tá mais assim
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