sonho do hyde

Tô devendo o sonho de sexta feira.
Uma coisa que nem quando eu tomei ayahuasca me passou pela cabeça.

Eu fiquei assistindo Jekyll enquanto eu fazia o dvd no trabalho, naquela vibe de não conseguir parar.
Pode até ter sido a série do meio do ano desse ano, elas sempre tem um quê meio doente.

A semana passada não foi exatamente muito tranquila, e o sonho não foi exatamente sobre Jekyll. Ou o Hyde.
Na noite do sonho eu fiquei até mais tarde vendo jekyll sozinha no trabalho no escuro (porque eu quis rs), dando F5 na página do Festival Planeta Terra.

Pois bem, o sonho.
Eu sonhei que eu estava me transformando em um polvo.

Tinha alguma coisa a ver com o Hyde, mas eu não sei o que, apesar de que escrevendo agora eu consigo até imaginar.

Eu sentia meus braços e minhas pernas ficando muito longos e finos e se dividindo em dois.
E estava meio acordada nesse sonho.

Ia ficando mole, e quanto mais eu me mexia, mais a sensação era real, então eu tentei ficar imóvel. Mas ainda assim eu sentia que minha cabeça era a única coisa que pesava.
Eu não tava com medo, só sabia que estava acontecendo.

Só que uma hora o Mário me abraçou dormindo, e... foi. Tipo, não deu pra disfarçar.

Depois eu virei de barriga pra baixo e concluí a tranformação sem querer.
Não preciso explicar aqui né.

Eu não processei esse sonho ainda, na hora não foi um "terror completo" ou "até que gostoso". Só era.
E isso, tão simples assim, é tão estranho que me lembrou justamente quando eu tomei ayahuasca. Então eu conversei com meu anjo da guarda no dia seguinte perguntando se esse estado que eu tava, meio acordada, sem conseguir julgar os fatos com base em mim era o mesmo do chá, e ele disse que não só é o mesmo do chá, como também (tirando a parte de estar acordada) é o mesmo que a morte.
Porque quando a gente morre, não temos mais a gente como parâmetro pra dor e prazer, nada pra satisfazer, nem pra temer, então sobra só a parte que percebe as coisas.
She said.

Um comentário:

Wagner disse...

"A gente como parâmetro"

Nunca tinha pensado nisso, nunca considerei que precisamos ter um parâmetro para definir as sensações e que isso é coisa de estar nesse mundo, e não apenas de ser.

:)