Tô com alguma coisa entalada aqui que eu já tentei começar 3 posts e desisti no meio, por não saber o dizer.
Desde quando eu fui ver Up (o desenho mais legal do mundo) no Santa Cruz e passei pela banca que tem na entrada. E fiquei feliz que ela estava lá, comecei a imaginar como ia ficar triste se um dia ela não estiver mais.
Não foi a primeira vez que eu imaginei isso.
Mas desencanei.
Demais até.
Aí, abri o bloglines hoje de manhã, e fui juntando os trechos.
02 Neurônio
"Nós, os que choramos, sabemos que em algumas horas da vida o melhor é liberar as lágrimas, inclusive porque não temos a capacidade de contê-las. Se as lágrimas nos impedem de viver? Nãoooo. Acordamos chorando, tomamos banho chorando, tomamos café da manhã chorando, trabalhamos chorando, fazemos a unha chorando, lemos chorando. Não faltamos a nenhum compromisso de trabalho. Não. (...) É legal chegar em casa e pensar: nossa, eu não choro faz quatro horas!
Panis et Nonsenses...!!!
"As vezes eu me esqueço o quanto a Avenida Paulista é surrealmente bonita, e única. (...) como quando você briga ou está com raiva de alguém, e tenta ficar lembrando dos momentos saborosos do convívio, em que toda a chatice e incompreensão pareciam nunca ter existido ("... no tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido", sempre me vem o João&Maria), em que compartilhar era uma delícia e tudo na vida parecia valer a pena, incondicionalmente.
Anônimo Incógnito
"Anônimo_Incógnito: Chuva...
Velho_Amigo: Pois é...
Anônimo_Incógnito: ...
Velho_Amigo: ...
Anônimo_Incógnito: Não te dá uma saudade...?
Velho_Amigo: A chuva?!
Anônimo_Incógnito: É...
Velho_Amigo: Saudade de quê? Do sol?
Anônimo_Incógnito: ...
(...)
Velho_Amigo: Talvez seja saudade da época que a chuva não te trancava dentro de casa...
Anônimo_Incógnito: Ou saudade das pessoas que já estiveram do mesmo lado da janela que o seu...
Velho_Amigo: Ou debaixo da mesma chuva.
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2 comentários:
Muito me honra a citação, cara Lcattapreta...
Se eu contasse quantos pontos me trazem ou me trouxeram esse sentimento da sua banca no Santa Cruz (do salão do meu barbeiro de 70 e X anos, à loja de doces com cartaz azul da Hanna Barbera no balcão onde minha vó me comprava sorvete escondido da minha mãe).
Não é só saudade do que foi, é já do que a gente sabe que em algum tempo vai.
É saudade da gente mesmo...
Eu também já fiz isso na Santa Cruz. Não por causa da banca de jornal, mas por causa daquele prédio atrás dela. São taaaantas lembranças.
O Gustavo tem razão. É saudades da gente mesmo.
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