show do Roxette

Toda vez que eu entro no Credicard Hall me dói o coração genuinamente.
Porque eu lembro de alguns shows que eu vi lá que me causam saudade até hoje.
E cada vez que eu entro lá é pra acrescentar um novo.

Ontem, lá de cima da platéia superior, eu enxergava o Pet Shop Boys com todas as cores.
Ouvia a virada do show de farewell do A-ha, quando começava Stay on these roads, e lembrava da entrada mágica do show do B-52's.

Inclusive agora eu tô ouvindo o famigerado áudio do show do A-ha, porque eu li no post do ano passado que eu dependia emocionalmente de ouvi-lo todo dia, e tô vendo se ele faz alguma coisa por mim hoje em dia.

Já começou com a cena memorável do Ludov invadindo o palco sem ninguém entender nada uma hora antes do show rs. Uma tia gritou lá cima quando o vídeo anunciou que a atração já ia começar: "mas já???"

Depois do Ludov eu fiquei semi dormindo naquela cadeira gostosa, que é mais perto do teto do que do chão, e a luz apagou assim que acabou Sing do Travis.

O Roxette foi uma belezinha.
Primeiro porque conseguiu uma coisa que nem o Pet Shop Boys conseguiu: levantar as pessoas das cadeiras.
Segundo porque foi sincero, animado e competente. Gostei muito de algumas músicas que eu não conhecia.
Terceiro porque as músicas famosas são MUITO boas, e fizeram parte da minha infância muito forte.
Quarto porque essas músicas voltaram pra minha vida em 2010 através das torneiras do chuveiro do Sesc Pompéia.
Quinto porque eu estava com um bom humor que eu nunca mais vou ter de volta - até voltar no credicard hall.

Só faltou Fingertips, que, adivinhem só, era a minha vida em 96 haha.
Eu ouvia Roxette por causa da minha irmã quando era criança, mas dei continuidade meio sem querer.
Em 96 eu era obcecada por Erasure, mas não achava um cd que tivesse Love to Hate you, e o rádio não tocava quase nunca (ô época triste). Então um dia em fui na loja de cd e levei a coletânea do girassol do Roxette. E o estado do encarte atualmente diz tudo.

Ontem foi a última quinta feira de shows das 4 quinta feiras de shows em seguida, e eu podia ter encerrado ela com chave de ouro, mas infelizmente baixou o espírito da querupita em mim e não foi isso que eu fiz.
Estava autopiedosamente cansada, e confusa, e chutei o balde.
Passei o dia não querendo escrever sobre o show, mas não é justo.
Porque quando eu entrar lá de novo, vou lembrar do coro de 7 mil pessoas cantando no mais perfeito ritmo "it must have been love but it's over now, it was all that I wanted now I'm living without".

Vou lembrar de cantar "listen to your heart" com a mão no peito.


Nenhum comentário: