The perfect drug

Sempre recorrendo a Ruas de Fogo.
Em qualquer situação, boto pra ouvir Nowhere Fast e Tonight is what it means to be young, o começo e o fim do filme. E essa semana eu precisei, pq trabalhar não deixa tempo pra depressão, mas jesus, a ansiedade que ataca.
E pensando que 2008 não tinha um filme do ano ainda, pode muito bem ser Mamma Mia!, pq ando recorrendo muito ao Abba tb ultimamente. Se eu ouvir Chiquitita só uma vez de manhã todo dia é pouco.
E nem foi o filme, foi o episódio de Queer as Folk que tocou essa música no final e desencadeou a fase Abba.
Ás vezes a ansiedade é tanta que ontem eu quis tomar coca cola.
A relação que eu tenho com coca cola é de droga, é pra matar alguma coisa dentro de mim achando que não vou matar a de fora. Mas é melhor do que drogas-drogas mesmo (sendo que nem chocolate eu agüento), ou outras coisas que eu estabelecia como droga.
É impressionante o número de coisas em que a gente é viciado e nem percebe.
Tipo... sei lá, gastar dinheiro, ficar sem dormir, ir atrás de quem não te ama. São coisas consumíveis para as quais não há um centro se reabilitação convencional, mas que a relação com o cérebro é a mesma só que com danos diretos à saúde menores.
Eu tô começando a achar que ouvir música alto é um desses, mas um ao qual eu vou me ater.
E mais, tendo passado a maior parte da depressão sem saber que eu estava deprimida, não foi muito longe da descoberta da coca cola que eu descobri tb que a maior parte do meu mal estar de lembranças não estava alocado na saúde, nem no amor, nem na disposição, mas num lugar em que eu nunca tinha procurado: a frustração.
É como se todos os meus instintos tivessem ligados a isso e eu nunca tinha achado de onde vinham as cordinhas. Por mais que eu pense e me esforce, eu ainda tenho um instinto de compensar uma frustração muito grande, que é, eu acho, o que foi se formando quanto mais eu fui vendo a extenção do que eu tinha.
Mas pelo menos, sabendo de onde vem, fica mais fácil cortar.
E outra coisa que me ocorreu tb, que é meio besta mas anda adquirindo um certo sentido, é que se eu não tivesse tão absorvida nessas coisas de depressão nos últimos dois anos, outras coisas mais pesadas iam ter me deixado pior, coisas de fora. Mas eu acabei passando um tanto ilesa.

Coisas como a 4ª temporada de Lost.
- o médico de voz??

- não, o mágico de oz!

coisas importantes

Eu descobri que, além de refrigerante e suco, eu também ponho água na sopa.
Eu fazia Vono antes na minha canecona, e tava até achando que poderia ser mais leve. Aí compraram uma caixa que vem 10 Vonos e uma caneca, bom, canequinha, que vem com a marca de 200 ml,
e eu vi que é só isso de água que é pra eu por???



Young Love, do Mystery Jets, é muito mais que parecida com Way back into love, do filme Letra e Música.
Vejam bem:

If I only knew your name I´d go from door to door...


All I wanna do is find a way back into love...



A outra coisa importante é que é melhor eu falar bem do emprego novo antes de começar a falar mal.
Eu sou fotógrafa de uma agência, e escolho as roupas que as meninas vão usar, assim como olhar o cabelo e a maquiagem que a maquiadora faz. Fiz 3 dias de teste, e hoje já fiquei o dia inteiro.
E já transformei o estúdio numa funhouse tb
Não hoje que eu comecei oficialmente, mas no segundo dia de teste. Eu vi que iam me deixar sozinha lá e eu que ia fazer as fotos mesmo. Dei uma olhada no clima das músicas de academia e pronto.
É uma síndrome que me faz ficar de olho em brechas pra tocar música, tipo vídeo de experiência com rato, ou coisas mais estranhas, como festas da eca.

from now on

Qual é o filme em que a mocinha ama o mocinho que foi embora da cidadezinha do interior, e quando ele volta apenas por um dia, depois de muito tempo, pra cuidar de uns papéis, é o pai dela que ajuda ele, que está acabado, magro e pálido, mas ela ainda ama ele e não consegue arranjar uma brecha pra dizer o que ela vem ensaiando há anos caso o visse de novo, até que, de noite, ele vai embora da casa dela e deixa os papeís, e ela pega pra ler, só pra ver a letra dele escrita de novo, mas já estava amanhecendo e ele chega pra pegar os papéis e ir embora, e ela entrega tudo pra ele, que tem uma aprência meio empoeirada e diz finalmente "eu não te odeio, eu te amo"

E ela achava que quando dissesse isso ia poder finalmente virar as costas e ir embora,
quando ouve
"pra sempre?"
E ela levanta os ombros, fazendo cara de "não sei"
e aí sim, finalmente, vai embora.

?

Sovo single do Killers

Human

Nada diz "renovação" mais do que

corte de cabelo novo
colchão novo
edredon novo
emprego novo
começo da primavera
(que eu prefiro chamar de "fim do inverno")
um ano de namoro
carteira nova
(que é a primeira, na verdade)

e

single novo do Killers :) :) :)

Até agora eles lançaram um álbum, fizeram um show, e lançaram o novo single, uma coisa em cada ano, tudo na mesma época. Tô emocionada.

organização satisfatória do quarto






so hard

Sabe, se é fácil deixar alguém, deixe.
Eu posso mudar de idéia um dia.
Porque não é uma coisa unânime. Eu sinto isso mesmo depois de ouvir um sermão sobre como se uma pessoa tá te enchendo o saco, ela pode estar numa fase ruim e se vc for aquela pessoa que ficar lá até o fim, depois melhora. Mas se vc deixou a pessoa e depois percebeu que ela estava mal, vai se arrepender.
E agora, tendo sempre feito o oposto disso, nenhum arrependimento me salta na memória. E quanto mais eu penso a respeito, mas eu vejo que eu faço isso desde criança.
Me vem aquela sensação de "ok, se eu tiver que me arrepender depois, faço com muito orgulho, mas agora tchau." e talvez seja esse o segredo, deixar a porta aberta pra dar o braço a torcer.
E isso porque tem gente que é muito difícil de deixar, então pra que ficar enrolando com as que não são?
Por causa disso me vem ainda uma outra sensação, de comemoração. Tem tanta gente que te enche o saco que por algum motivo é difícil de deixar, que se surge que alguém que é fácil é um alívio.
Pelo menos uma.
Eu não tô falando de namorado, amigos. Coisas em geral. Emprego, sei lá.
Coisas com as quais vc tem um histórico afetivo longo ou intenso, e que de repente vc tem que deixar, ou quer deixar. E toda a história contribuiria para que vc sofra, e isso vai ser esperado de vc (inclusive por vc mesmo) mas por algum motivo vc não sofre.
Pra mim dá uma imensa alegria.

O mundo é divido em "what was I thinking?" e "forever thinking". No final das contas, não vai além disso.

Tem gente que vai estar ligada a mim pra sempre, e isso implica num tempão. Então, quanto aquelas que sempre serão as difíceis, pra que cagar no tempo?
Eu odiava alguém, tinha uma razão para, e ganhei uma briga, e o ódio ficou dentro de mim.
Eu sei, é brega, pode rir, mas é verdade. Eu tô com esse espírito de pastor de igreja porque eu vi footloose essa semana.
Mas se a vitória vem em cima de alguém por causa do ódio, ele fica lá dentro com a razão, com a certeza e com a vitória. Talvez ele tenha que ficar lá um pouco pra aplacar a sensação de injustiça, não sei.
Mas ele nunca ia me deixar esquecer a briga, de verdade. Isso nem o tempo. E eu sou a primera a dizer que o tempo cura tudo, até já arrumei briga por causa disso (mas enfim...), mas o tempo só cura se ele for usado pra perceber que um dia há de abrir mão do pacote da vitória, da raiva e da razão. Pra deixar a estadia dos que vieram pra ficar mais agradável, que seja.

o fantasma e o furacão

Esqueci de contar.
Ontem, quase meia noite, eu tava sozinha no ônibus voltando pra casa pela 9 de julho. E quando o ônibus virou na renato paes de barros, parecia um barquinho vagando devagar pela rua escura e silenciosa.
Não sei, geralmente os motoristas metem o pé quando é tarde e não tem trânsito. Parecia trenzinho de turismo em Campos do Jordão.
Aí o cobrador vira pro motorista, os dois na frente do ônibus, e grita
"é ele! é ele! é o fantasma!".
E o motorista desacelera mais ainda. Que legal.
E eu (que nem sou induzível) acabei vendo alguma coisa.

Eu não tô escrevendo muito nesses dias pq me deu uma crise de vertigem essa semana, igual à de fevereiro. Tontura forte mesmo só terça feira, mas minha cabeça fica que fica. Parece que eu tô bêbada desde segunda. E outras coisas.
Sorte eu não confundir a recuperação da tontura com "algo errado na minha vida" que nem no começo do ano, e entrar em depressão, mas em alguma coisa sempre se acaba entrando.
Nem que seja o modo em que se entra quando se está esperando as coisas não confiáveis que a tontura traz passarem.
Então essa semana eu passei sem sentimentos. Engraçadas as coisas que eu aproveito pra fazer.
Que semana.
Não foi a primeira vez que eu esperei sentimentos passarem, mas com a tontura ficou mais fácil vizualirar o furacão e entrar no abrigo.

Mamma Mia...

A diferença entre Mamma Mia e Across the Universe?
(ou pq um funciona e o outro NOT!)

Meryl Streep cantando.



Porque eu fiquei de mau humor na peça e no filme não?

Meryl Streep cantando.



O que falta em Ensaio Sobre a Cegueira?

Meryl Streep cantando.


Casamento da Sandy

A partir de hoje, a Sandy é oficialmente não mais virgem.

Foto do karaoke


ambidestra

Eu não sei o que aconteceu hoje, que eu acordei tão bem, mas até aí eu tb não sei o que aconteceu ontem, que eu acordei tão mal. As coisas vão acontecendo. Mas hoje eu tive um momento daqueles quando os pais tão brigando e o nenêm começa a andar pela primeira vez, sabe?
Eu tava mal com um milhão de coisas, quando fui nadar e consegui finalmente respirar pro lado esquerdo, e assim respirar a cada duas braçadas sem ter que me matar, e assim fazer 6 chegadas seguidas, sendo que num meu melhor dia eu fazia só duas e olhe lá.
Não sei, de repente, eu tava nadando, indo e voltando, parecia um milagre, não cansava.
Eu fiquei treinando respirar pra esquerda o ano inteiro, e posso finalmente dizer que sou ambidestra pra pintar a unha E nadar.
E o pior é que ontem e antes de ontem eu tava impraticável, tpm, chorando de soluçar o dia inteiro.
É o máximo que eu consegui trocando de pílula, em vez de duas semanas, dois dias de tpm, mas que dias. Eu fui nadar terça e dei piti até, pq tinha "gente demais".
E hoje tô eu lá nadando, dando cambalhota e passando na frente das pessoas que param pra descansar.

Sonhos

O de ontem foi sobre as duas coisas mais recorrentes que eu sonho, o The Waves e a escola. Eu sonhei que tinha uma piscina no pátio, que era uma espécie de túnel do amor, mas sem o túnel, só com os barquinhos. E a piscina tava vazia porque tavam limpando, aí eu e mais um monte de gente entramos pra ver como era, só que começou a encher, então eu fiz o percurso nadando. Mas é um sonho de ontem, então não lembro direito.

O primeiro de hoje tinha um dvd que o Anderson ganhou de um filme sobre o bairro do Itaim Bibi, ou alguma coisa que tem aqui. Isso porque a foto da capa foi tirada da minha varanda, mostrando o que dá pra ver daqui, a Tabapuã, o Fifities, etc. Só que a foto de trás foi tirada de um ap de trás, pra mostrar a Joaquim Floriano, e a igrejinha que tem na esquina. E eu fiquei olhando a foto um tempão, pq nunca tinha visto a parte de trás da rua de cima, e eu vi que a uns 4 quarteirões pra trás tinha uma praia (!).
No começo eu achei que fosse uma represa, pq tava bem penenininha e difícil de ver. Mas tinha areia e pessoas brincando. Isso tudo pq a parte de trás dá pra zona sul, que, não no Itaim mas em Marsilac talvez, seja perto do mar. No sonho era aqui mesmo. E eu fiquei pensando que bosta que eu tô indo no sesc nadar e tomar sol se a praia tá aqui do lado e eu nem sabia pq não vou praquele lado

O segundo sonho, devo ter emendado no primeiro, porque sonhei que a Funhouse era aqui na Joaquim Floriano. E um monte de gente que eu não conheço estava indo pra lá comigo de noite. Só que tinha uns 5 caras assaltando um carro na frente, e a gente voltou correndo e ficou na porta de um banco que tinha um segurança na porta, e era bem do lado. Só que eles começaram a vir pra cima da gente, e o segurança abriu a porta da garagem, que era de vidro, pra gente entrar. Através da porta, a gente viu o segurança ser morto com uma coisada na cabeça, e os assaltantes quebrarem a porta.
Aí eu fiz a coisa mais genial que se pode fazer num sonho: eu pensei que eu tava sonhando e ia acordar pq não queria ver o final daquilo. Só que eu não consegui acordar, o que eu consegui fazer foi sumir com os assaltantes, um a um, e depois ir pra Funhouse tranquilamente com as pessoas batendo palma pra mim.

Esse sonho, pensando agora, parece muito com meu roteiro. Funhouse, segurança negão, assaltantes que lembravam zumbis...

E o último sonho foi a palestra sobre a importância do Wally na história. Só que o Wally era uma pessoa de verdade, e os livros "Onde está Wally" eram só uma pequena parte da vida dele. Na palestra tinha até slide de quando ele foi capa de revista, de quando ele lutou em guerra, tinha um livro tipo "Onde está..." só sobre os fatos históricos dele, e a capa era ele em cima de um cavalo, em forma de desenho.

É de leão

Isso vai parecer engraçado.
Há anos que eu venho tentando descobrir algum jeito de ganhar uma discussão com alguém do signo de leão. E eu simplesmente não posso. Nem tendo o ascendente leão. Só é suficiente pra arranjar briga, não pra ganhar.
E até há pouco tempo eu não tinha entendido ainda, mas quem é de leão só vai perceber que perdeu uma discussão quando tiver sozinho, isolado e afastado das pessoas.

Não é assim que funciona?

Minha mãe tá na sala com uma cara... que eu nem pergunto mais, porque ela já está sozinha, isolada e me afastou. Ela fica brava, intolerante e corta conversa às vezes por coisas que ainda nem aconteceram, mas que ela prevê no futuro que vão deixar alguém puto. Então pra não perder a discussão, ela fica brava antes, porque na cabeça dela dá algum tipo de validade.

Quando eu falo assim, assusto uma amiga minha, que é de leão, mas até me conhecer (e a nossa chefe que é pirada em astrologia) não sabia que era. Ela nasceu bem no meio, e não sabia se era de câncer ou de leão, alías. Essa é uma inocência que eu tenho que respeitar, de tão genial que é.
Ela ficava apreensiva quando eu expunha meus pensamentos sobre o tema leão, o que é a maior prova de que ela não sabia de que signo era, pq senão, ganharia a discussão. Gosto muito dela.

Mas a pessoa com quem eu ando mais decepcionada na vida é de leão. E não é por isso. Com todas as outras sempre é, mas ela não. Querendo dizer que quando a causa é séria, não importa muito o signo.
Na verdade, é um caso de cabeça fraca, algo que eu nunca esperaria de alguém de leão, pq nem houve discussão. Acho que eu tô decepcionada é com o comportamento perante o signo mesmo. Eu achei que comprando briga, ia levar de volta, e ia pelo menos poder trabalhar em cima disso. E reclamar depois, claro.
Mas não, nada.
Ok.

Closer é um exemplo

Eu sei qual é a impressão do mundo sobre entusiasmo.
Pega mal.
Às vezes é confundido sem querer com ilusão, mas na maioria das vezes é de propósito mesmo, pra que a martelada de quem não tem entusiasmo seja mais esmagadora. E se for indireto, é aquele olhar de constrangimento. Tipo como os veteranos olham para os bixos.
Eu tô dizendo isso porque depois de toda aquela explicação sobre como lidar com depressão deixa você desconfiado das coisas tristes e das felizes, e no meio do processo pode acabar tirando todas elas, poucas coisas me deixam entusiasmada de verdade, e menos ainda são as coisas novas e desconhecidas.
É que hoje eu fui fazer entrevista pra uma coisa que não é normalmente o que eu faria... mas vamos ver. Fiquei entusiasmada.
Mas hoje e ontem eu não tava bem. E hoje no ônibus, indo, eu tava pensando no que seria um objetivo profissional a curto prazo realista. Seria um trampo que eu não acabasse usando pra me deprimir. E pensando nisso, não é um objetivo a curto prazo. E pensando mais ainda, é também meu objetivo pra relacionamento.
Pq eu já fiz isso, fiz mesmo, de vários jeitos. E eu descobri depois que eu vi Closer pela 3º vez ano passado. Em setembro aliás, um dia antes de ir pra ny. A Julia Roberts era deprimida, e o Clive Owen fala claramente que ela não ia ficar com o cara que ela amava mais, justamente pra poder continuar deprimida.
Eu não sei de vocês, mas é um panorama assustador.
Tirando o último, eu consegui me deprimir em todos os empregos anteriores. (aí o estúdio foi mais rápido e me chutou a bunda.)
Então, às vezes é bom ter um entusiasmo, mesmo que ele venha acompanhado de pensamentos que o desencoragem. Só pelo exercício.
Só porque eu não gosto do personagem da Julia Roberts.
Só pq eu não gosto do filme. (demorou)
Eu já conheci gente que não conseguia tomar uma decisão, uma atitude, por não saber se não queria mesmo, ou se queria mas tinha alguma coisa errada com ela, mas que nem assim sabia que tava deprimida.
Sério, eu já vi gente fazer uma obra de arte da própria depressão, pra não se fazer ver que tem. Cada coisa, arte mesmo.
E isso eu descobri (não no Closer), mas quando conheci alguém que falava abertamente sobre ter e sobre lutar, e querer superar. Uma doença mesmo. Me forçou a ver as coisas diferente. Não posso dizer que foi tarde demais, porque... I ain´t that kind of girl

Ingresso pra Madonna

Eu vou :)
E bem onde eu queria, na arquibancada laranja lá atrás, onde eu vi o show do Rush em 2002.
Mas não sei, tô achando muito fácil em relação ao OUTRO show que eu vi lá, o do U2. Tão falando um monte da desorganização, da pane no site, pane no call center.
E pra mim, eu passei 6 horas acordada sim, mas de pijama, comendo miojo, ouvindo música, deitada na cama.
Gente, pro U2, eu passei 16 horas na fila do Pão de açúcar, das 6h às 22h, pra fecharem a porta na minha cara e eu voltar pra casa sem, desistir de ir no show, e um amigo comprar pelo telefone no segundo dia de venda. Isso tudo pq não vendia meia pela internet.
Tô achando lindo, mas meus amigos que queriam ir no disputadíssimo VIP não tiveram tanta sorte... Era pra ir dois com meia no VIP e mais um na arq laranja comigo.
No final, só eu comprei pelo site, o Vitor só conseguiu ligando às 9h da manhã, conseguiu só uma VIP inteira. Então vai: eu no laranja, o João que ia comigo vai na vermelha, o Anderson que ia no VIP vai na cadeira azul e o Vitor vai aproveitar o VIP full price.

Mas é brincadeira de eu achar lindo, olha o parâmetro tb: U2.
Esses shows selvagens são pra iniciados só, é a lei do mais forte, é tirar horas da sua vida pra persistir. E depois tem o dia do show ainda!

Será que um dia a gente vai contar pros nossos filhos dessas barbaridades de pane de servidor em venda de ingresso, de dormir em fila e eles vão dar risada?
Porque no futuro...

Ruas de Fogo

Eu sei que tô amando alguém quando quero dividir minhas coisas com a pessoa, e ultimamente eu tenho tido uma vontade louca de assistir Ruas de Fogo com o Renan. É mais do que querer ver o filme, eu fico me segurando pra não ver sozinha.
Tô olhando pros meus dvds aqui, e acho que esse filme tem sobrevivido o teste do tempo como meu filme favorito. Passou Brilho Eterno, V de Vingança, Encontros e Desencontros, e muitos outros que eu nem tenho em dvd.
O problema é que eu ganhei 8 1/2 em dvd, e vou começar a ver incessantemente... mas vamos ver. Fellini não é Sessão da tarde.
Mas voltando, puta filme. Nowhere Fast e Tonight is What is Means to be young, as músicas do filme, eu tenho elas em primeiro na minha lista anos 80 desde antes da era iPod. Aliás, quantas vezes eu já não vi só o começo e o final do filme só pra ver as partes de show.
E nesse filme tinha ainda aquela "I can dream about you, if I get lonely tonight...". Foi uma bomba de hits de 1984.
O filme é sobre uma cantora, a Ellen Aim (Diane Lane) que é sequestrada pelo Raven (Willem Dafoe), e o empresário/namorado dela (Rick Moranis), que é muito mirradinho, tem que pedir ajuda pra um ex namorado dela, que deixou ela pq ele "pertence à estrada", o Tom Cody (Michel Paré).
Eu sei, é tipo um Clube do Mickey pra essas pessoas. Tem até o Bill Paxton numa hora lá.
Aí fica uma tensão entre o namorado que é empresário e o ex que só é ex pq foi embora, e isso enquanto rola o resgate, e depois tem uma revanche... A Ellen Aim mesmo não é muito mocinha, ela é emburrada e permanece assim até o fim do filme. Dá um chega pra lá numa fã e diz que nem é ela que escreve as músicas, que ela só canta.
Lembro que quando saiu em dvd, o Vitor alugou pra mim pq ele era funcionário, e a gente foi ver na casa dele de madrugada. Só que ele dormiu e eu não tirei os olhos do filme, e ainda chorei no final. E até eu sair de lá uns meses depois, era a única locação que constava.
Eu já gostava de Nowhere fast, mas não tinha idéia que era de um filme. Achava que era no máximo a abertura do Programa Livre. Aí uma vez, quando ainda tinha balcão do fundo na 2001, a sub gerente colocou o filme e a gente ficou vendo lá de trás, num domingo provavelmente.
Eu pensei "como que eu não fiquei sabendo desse filme??". E eu comprei ele no dia do feirão (mas não no feirão) da 2001 da Washington Luís, na única vez em que eu fui lá, pra visitar o Thiago. Era meu presente de aniversário pra mim.
E já faz mais de 3 anos isso. Desde então eu tenho emprestado ele, até levei numa aula como exemplo de road movie (pq eu ia levar quase famosos, mas outro amigo quis levar), mas eu acho que eu nunca quis ver ele com alguém tanto assim.
É bom, pq o Renan comprou "Um príncipe em Nova york" (que é o clube do Mickey pro Samuel L Jackson).

Certas coisas mudam.

Olha eu, podia dizer que eu passei o dia fazendo tcc, e adiantei um texto inteiro, mas tive umas duas crises fortes hoje. Fora isso ainda passei mal de fraqueza, nada de novo. Mas não sei, passa rápido, faz um tempo que tem passado rápido. Hoje que eu me peguei pensando no que esses altos e baixos no mesmo dia se diferenciariam de um transtorno bipolar (e pro meu alívio já comecei pensando na diferença).
Fora muita coisa que eu já perdi (e atá já esqueci, como não gostar de tomar remédio), ainda passo por umas mesmas coisas, mas parece filme velho. Por exemplo, semana passada eu tava filmando o teste e não fiz tcc, então quando voltei hoje, tava mais pra lá do que pra cá. Aí eu já sei que eu vou abrir o word e vai me dar um desânimo e uma desatenção imensos, que eu vou querer bater a cabeça no teclado, que é segunda feira e eu vou ficar o dia inteiro na casa vazia só ouvindo a obra do outro lado da rua, sem ouvir música pq distrai. Que se der vontade de chorar, é melhor eu parar 5 minutos, ou nem isso, chorar, do que ficar pensando, porque é isso que gasta tempo. E fora desses 15 min de crise diária, eu passo muito bem. Qq coisa ruim vai passando na minha cabeça que nem reprise, eu já sei o que vai acontecer, e espero pra continuar o que estou fazendo.
Eu, como boa chorona, tenho um chorômetro, e duas semanas sem chorar é uma saúde mental do caralho.
Então eu passo por coisas diferentes, mas o estado é um só, eu não vou acreditando piamente em tudo que estou sentindo. E o pior é que eu já fiz isso, e é desesperador me ver assim, mesmo que lembrando. Bom que já passou e dá pra deixar pra lá.
Pessoas bipolares, algumas, todas, se não sabem que tem um problema, muitas vezes acreditam que estão vivendo a vida intensamente. Uma vez eu vi um vídeo sobre isso em que pessoas davam entrevista, e um cara disse que às vezes ele não dorme e fica andando pela casa conversando com ele mesmo, empolgadíssimo, canta, e se a música é triste ele chora, tudo isso de madrugada, imagina o dia.
Eu consigo imaginar que se vc não está vivendo nada, a cabeça procura, eu passei por isso, bem quando eu era insuportável. Digo insuportável, porque algumas pessoas acharam que ia ser assim pra sempre. Nem eu achava, sabia que tinha alguma coisa errada.
Aí eu passei pra uma fase na qual eu tive que segurar, e parar de viver tudo que eu estava sentindo, tudo mesmo.
Não saí 100% dela ainda, desconfio bastante, mas já vi que eu não preciso me preocupar, pq o que mexe comigo de verdade, continua.
Tipo o arco íris! Gente, o arco íris... digamos que eu goste muito de arco íris - e isso vindo de uma pessoa que anda tão contida que nem fez cadastro prévio pro show da madonna.
Eu perco a razão vendo Queer as Folk tb. Nível Lost, daquelas que não vem argumentar comigo porque o que tem boca é a cabeça e não o coração. Esse é meu maior problema com a arte da crítica, aliás, ou eu não ligo o suficiente pra formar uma opinião, ou é uma coisa que me comove e eu não vou saber explicar.
Certas coisas não mudam.