so hard

Sabe, se é fácil deixar alguém, deixe.
Eu posso mudar de idéia um dia.
Porque não é uma coisa unânime. Eu sinto isso mesmo depois de ouvir um sermão sobre como se uma pessoa tá te enchendo o saco, ela pode estar numa fase ruim e se vc for aquela pessoa que ficar lá até o fim, depois melhora. Mas se vc deixou a pessoa e depois percebeu que ela estava mal, vai se arrepender.
E agora, tendo sempre feito o oposto disso, nenhum arrependimento me salta na memória. E quanto mais eu penso a respeito, mas eu vejo que eu faço isso desde criança.
Me vem aquela sensação de "ok, se eu tiver que me arrepender depois, faço com muito orgulho, mas agora tchau." e talvez seja esse o segredo, deixar a porta aberta pra dar o braço a torcer.
E isso porque tem gente que é muito difícil de deixar, então pra que ficar enrolando com as que não são?
Por causa disso me vem ainda uma outra sensação, de comemoração. Tem tanta gente que te enche o saco que por algum motivo é difícil de deixar, que se surge que alguém que é fácil é um alívio.
Pelo menos uma.
Eu não tô falando de namorado, amigos. Coisas em geral. Emprego, sei lá.
Coisas com as quais vc tem um histórico afetivo longo ou intenso, e que de repente vc tem que deixar, ou quer deixar. E toda a história contribuiria para que vc sofra, e isso vai ser esperado de vc (inclusive por vc mesmo) mas por algum motivo vc não sofre.
Pra mim dá uma imensa alegria.

O mundo é divido em "what was I thinking?" e "forever thinking". No final das contas, não vai além disso.

Tem gente que vai estar ligada a mim pra sempre, e isso implica num tempão. Então, quanto aquelas que sempre serão as difíceis, pra que cagar no tempo?
Eu odiava alguém, tinha uma razão para, e ganhei uma briga, e o ódio ficou dentro de mim.
Eu sei, é brega, pode rir, mas é verdade. Eu tô com esse espírito de pastor de igreja porque eu vi footloose essa semana.
Mas se a vitória vem em cima de alguém por causa do ódio, ele fica lá dentro com a razão, com a certeza e com a vitória. Talvez ele tenha que ficar lá um pouco pra aplacar a sensação de injustiça, não sei.
Mas ele nunca ia me deixar esquecer a briga, de verdade. Isso nem o tempo. E eu sou a primera a dizer que o tempo cura tudo, até já arrumei briga por causa disso (mas enfim...), mas o tempo só cura se ele for usado pra perceber que um dia há de abrir mão do pacote da vitória, da raiva e da razão. Pra deixar a estadia dos que vieram pra ficar mais agradável, que seja.

Um comentário:

Kátia Limongelli disse...

zander, por falar em pessoas que ficam, nós estamos com saudades da Catarina, quando ela vier a São Paulo, será que podemos nos encontrar?

um beijo em vocês

Kátia Limongelli