The perfect drug

Sempre recorrendo a Ruas de Fogo.
Em qualquer situação, boto pra ouvir Nowhere Fast e Tonight is what it means to be young, o começo e o fim do filme. E essa semana eu precisei, pq trabalhar não deixa tempo pra depressão, mas jesus, a ansiedade que ataca.
E pensando que 2008 não tinha um filme do ano ainda, pode muito bem ser Mamma Mia!, pq ando recorrendo muito ao Abba tb ultimamente. Se eu ouvir Chiquitita só uma vez de manhã todo dia é pouco.
E nem foi o filme, foi o episódio de Queer as Folk que tocou essa música no final e desencadeou a fase Abba.
Ás vezes a ansiedade é tanta que ontem eu quis tomar coca cola.
A relação que eu tenho com coca cola é de droga, é pra matar alguma coisa dentro de mim achando que não vou matar a de fora. Mas é melhor do que drogas-drogas mesmo (sendo que nem chocolate eu agüento), ou outras coisas que eu estabelecia como droga.
É impressionante o número de coisas em que a gente é viciado e nem percebe.
Tipo... sei lá, gastar dinheiro, ficar sem dormir, ir atrás de quem não te ama. São coisas consumíveis para as quais não há um centro se reabilitação convencional, mas que a relação com o cérebro é a mesma só que com danos diretos à saúde menores.
Eu tô começando a achar que ouvir música alto é um desses, mas um ao qual eu vou me ater.
E mais, tendo passado a maior parte da depressão sem saber que eu estava deprimida, não foi muito longe da descoberta da coca cola que eu descobri tb que a maior parte do meu mal estar de lembranças não estava alocado na saúde, nem no amor, nem na disposição, mas num lugar em que eu nunca tinha procurado: a frustração.
É como se todos os meus instintos tivessem ligados a isso e eu nunca tinha achado de onde vinham as cordinhas. Por mais que eu pense e me esforce, eu ainda tenho um instinto de compensar uma frustração muito grande, que é, eu acho, o que foi se formando quanto mais eu fui vendo a extenção do que eu tinha.
Mas pelo menos, sabendo de onde vem, fica mais fácil cortar.
E outra coisa que me ocorreu tb, que é meio besta mas anda adquirindo um certo sentido, é que se eu não tivesse tão absorvida nessas coisas de depressão nos últimos dois anos, outras coisas mais pesadas iam ter me deixado pior, coisas de fora. Mas eu acabei passando um tanto ilesa.

Coisas como a 4ª temporada de Lost.

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