o fantasma e o furacão

Esqueci de contar.
Ontem, quase meia noite, eu tava sozinha no ônibus voltando pra casa pela 9 de julho. E quando o ônibus virou na renato paes de barros, parecia um barquinho vagando devagar pela rua escura e silenciosa.
Não sei, geralmente os motoristas metem o pé quando é tarde e não tem trânsito. Parecia trenzinho de turismo em Campos do Jordão.
Aí o cobrador vira pro motorista, os dois na frente do ônibus, e grita
"é ele! é ele! é o fantasma!".
E o motorista desacelera mais ainda. Que legal.
E eu (que nem sou induzível) acabei vendo alguma coisa.

Eu não tô escrevendo muito nesses dias pq me deu uma crise de vertigem essa semana, igual à de fevereiro. Tontura forte mesmo só terça feira, mas minha cabeça fica que fica. Parece que eu tô bêbada desde segunda. E outras coisas.
Sorte eu não confundir a recuperação da tontura com "algo errado na minha vida" que nem no começo do ano, e entrar em depressão, mas em alguma coisa sempre se acaba entrando.
Nem que seja o modo em que se entra quando se está esperando as coisas não confiáveis que a tontura traz passarem.
Então essa semana eu passei sem sentimentos. Engraçadas as coisas que eu aproveito pra fazer.
Que semana.
Não foi a primeira vez que eu esperei sentimentos passarem, mas com a tontura ficou mais fácil vizualirar o furacão e entrar no abrigo.

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