diário das férias merecidas - dia 5

Agora que eu entrei aqui, tô vendo a coisa mais bizarra que me podia ter acontecido. Aliás que devia ter me acontecido. Me chega um e-mail do famoso cara do documentário que não pôs meu nome, dizendo que disponibilizaram o filme dele pra download sem ele saber, então ele resolveu divulgar, "unindo-se" a eles, aproveitando que não conseguiu atender a demanda das cópias.
A minha incluso, claro.
Aí eu entro no site pra ver se a versão 2 years after tem meu nome como prometido, e eis que dou de cara com as correções:
"
Nos créditos finais, faltam:
- Em todas as partes:
Assistência de Edição: Bruno Bortoli e Laura Catta Preta."
Tipo (!) em todas as correções, só o meu nome e o nome do cara que ele brigou que tão faltando, o resto é letreiro errado e nome de música não creditada.
Muito conveniente.
Então até eu vou divulgar o blog agora!

http://sambaspnanet.blogspot.com/

Cada uma...
Gente, isso foi a coisa mais insana que eu já participei na vida... o documentário é bom, mas a 5ª série lives forever.
Hoje eu não tava legal, mas com uma vantagem, eu tô sabendo melhor não ficar legal. Depois que me disseram que eu podia agir um pouco menos de acordo com qq coisa que eu sinta, comecei a reparar que eu faço isso mesmo. Bastante. Às vezes.
É uma coisa engraçada, porque quando meu corpo fica ruim, considerando processos físicos da cabeça, a mente fica ruim, porque é uma resposta que eu tive a vida inteira, se eu estou triste, isso causa certas respostas fisiológicas no corpo.
Mas em algum lugar no meio do caminho, em vez de causar, minha mente começou a interpretar, e tudo se inverteu. Não tinha uma coisa triste que me deixava mal, eu ficava fraca por N motivos e minha mente interpretava o sintoma e agia de acordo.
Então começou um longo processo de reconhecer o que vinha do corpo, e vou dizer que o resultado não é bonito, pq quase tudo é.
A última tristeza de verdade que eu senti foi quando me despedi do Flávio quando ele foi embora de sp, há umas semanas, no dia seguinte do Muse pra ser exata. E antes disso, não consigo lembrar de me sentir triste de verdade. Talvez nem tenha sido esse ano. Então basicamente eu sinto coisas que minha cabeça fica interpretando, e nenhuma delas é verdade.
Se aquilo não é sentimento, então o que é? Boa pergunta.
Pouquíssimas coisas.
E vale pra felicidade também, claaaaaro. Aí que pega: ignorar tristeza, blz. E a ousadia de ignorar felicidade?
Mas aí, tratando direto como doença, é só eu me cuidar, tomar vitaminas e não parar de fazer esporte. Hoje mesmo eu voltei pra ginástica olímpica na USP, que eu não fazia desde 2005. Eu tenho 24 agora, acho que quando eu entrei, devia ter uns 15. Em três anos, as coisas parecem ter diminuído de tamanho, tipo quando vc é criança e não alcança a pia. É sério, quando eu tinha 22, me sentia com uns 18, então um ano antes devia ser 15.
O resto é igual, o professor o mesmo falador de sempre, os monitores. Eu tenho um pouco mais de fôlego por causa da natação, ainda bem. Acho que eu entrei pros esportes de piscina justamente pq a gravidade ficou demais pra mim depois da anemia. Peguei paúra de correr.
Hoje liguei pro meu maninho pra desejar feliz aniversário pra ele, o que já é um grande presente, pq um ano teve eu de porre perdendo o parabéns, no outro dia dos pais e eu num velório. 3rd time is a charm.
Tem umas pessoas que gostam de ouvir que vc gosta delas, e outras que eu nem sei porque eu insisto em misturar elas com o mundo verbal.


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