chega de diário - sinto falta de títulos

Me sinto que nem a Vandinha no Família Addams 2, quando ela é obrigada a ficar na cabana da disney do acampamento pra aprender o que é a felicidade. Quando ela sai, dá aquele sorriso bizarro e falso, e depois planeja o ataque às pessoas loiras do acampamento na peça do dia de Ação de Graças.
Eu não sei quem são minhas pessoas loiras.
Mas me sinto sorrindo que nem ela na maior parte do tempo, e em dias que nem ontem e hoje, o tempo todo.
Eu não sei, o dia não é ruim e mesmo assim eu odeio ele, e eu só fiz coisas que eu gosto. E eu fico tão triste de sair de uma coisa que eu gosto não querer não voltar pra ela nunca mais, como a ginástica. E se eu tiver errada, e se não for isso que eu gosto, e se eu não gostar de fazer força?
E se eu estiver errada, e realmente isso não vai passar quando eu arranjar outro emprego? E se eu precisar de uma ajuda mais séria? Ás vezes eu fico tão triste que é meio alucinante, parece que eu tô tendo um ataque.
E por ajuda eu quero dizer que às vezes as pessoas que são próximas podem não aguentar ouvir o que vc tem pra dizer, nem eu aguento, ou eu me sentir meio viciada em levar elas junto.
Eu penso muito nos precedentes que se cria quando se sente assim. Tudo começou numa aula de salto ornamental, quando uma menina ia pular da plataforma de 5, fazia a pose, mas não ia, dizendo que tava com medo. Aí um cara que tava na de 3 comigo (e todo mundo que tava olhando o escândalo) disse que se ela fizesse a pose, era pra pular, mesmo que de qq jeito, pq senão ela abria precedente na cabeça dela pra chegar lá, olhar pra água e desistir. Ela não deu atenção pra história e acabou não pulando, mas serviu pra mim pelo menos.
Eu nunca subi na de 5, mas tb nunca desisti de saltar das mais baixas.
Acho que um precedente desses é ruim. Depressão me faz querer dizer coisas horríveis, e atacar pessoas, desistir de coisas, comparável a chegar na plataforma e desistir, aunciando pra todo mundo que vc tem medo. Não digo que nunca cedi, cedi bastante. Mas eu tenho em mente que o importante é tapar os buracos dos precedentes, e o meu esforço nesse sentido tem melhorado muito.
Até quando eu não sabia que estava fazendo isso, durante uma fase no começo do ano, em que eu estava tentando ficar mais quieta. Não sabia por que na época, achava que falava demais coisas que não eram minhas, coisas que vinham só do meu lado fraco.
Não é que eu parei de falar também, aliás, vendo de fora, eu falava normal, mas eu sabia que estava calando toneladas de coisas impulsivas e agressivas que não ajudam em nada.
E o mais engraçado é que isso acabou com minha conversa com algumas pessoas, cujo assunto exclusivo era papo fraco.