Ai que delícia de viagem. Eu tô em Campos do Jordão na casa dos meus tios, a gente veio pro batizado do filho do meu primo.
São 22h30 e eu nem congelei! Quando a gente vinha no ano novo passava mais frio dentro de casa a essa hora.
Eu gosto muito desse lugar, passei minha infância e mais um pouco vindo pra cá, mas a gente não vinha faz uns anos.
No caminho da igreja, minha mãe encarnou o Manuel Carlos e começou a inventar porque fulana não vinha, porque ciclano tinha brigado rsrs. E eu que passei 5min dando orelhada na saída da casa do meu tio sabia que não era nada daquilo e fui corrigindo.
Fora que eu nunca tinha ido num batizado, nem no meu, nunca sei o que tem que falar em igreja, não sei o pai nosso. Mas minha mãe via o bebê, me abraçava e falava "ai que saudade". E eu zuando: "saudade do que? vc não me batizou, não teve isso".
Tem uma hora que o padre pergunta se vc renuncia ao demônio e tal, e as pessoas tem que falar "sim", e primo do bebê, que tem 5 anos, falava "sim" depois de todo mundo, só pq ele achou legal. Até quando tinha que falar "nós cremos", ele falava "siiim" depois haha. Eu só na turma de fundo rindo.
O almoço foi na casa da família da mãe, que a gente achou que era um hotel quando tava subindo a estradinha de terra. Eu não conseguia parar de tirar fotos, tanto da vista qto da casa. Nem de comer.
Estar de bem com a vida é comer pão de alho com sardela e cebola.
E depois não conseguia ficar acordada, sabe quando molho de macarrão dá PT nas pessoas?
Mas foi geral, corpos caindo.
A gente voltou pra casa dos meus tios e eu não conseguia sair do carro, me arrastei pra cama e deixei os véio conversando na sala, pondo aquelas conversas de parente em dia. Eles precisam disso né, eu sou mais gato, pra mim basta vir na casa, que, com exceção de uma puta mesa de jantar que foi pra edícula a gente não sabe como, tá igual.
Até a barra de flexão aonde meu primo prendia meu snoopy pra eu não alcançar tá na porta da cozinha (e o snoopy tá no meu armário, passa bem).
Pior que eu tava tão mal que nem conseguia dormir, eu ficava meio desligando e ligando, e numa dessas ouvi que tavam pedindo pizza. E eram 19h30.
O almoço acabou as 14h.
Eu lembrei dos churrascos que tinha aqui, que quando o sol se punha já tava na hora de pedir pizza.
Aí eu nasci de novo pra fora do quarto e não conseguia comer de tanto rir dá história do meu tio contando de quando ele foi pra São Paulo ver o novo neto.
Ele odeia São Paulo, e fez o caminho "da roça" haha pra chegar no Pro Mater, pq como ele nunca vem, só sabia o caminho dos anos 60, de quando ele morava aqui hahahaha.
E ele foi errando tudo, e eu fazendo o mapa na minha cabeça e rindo, e ele contando bravo que "fecharam a paulista da consolação" e desceu na augusta em vez da brigadeiro.
Na verdade minha tia que tava dirigindo, e ele só orientando. "Aí não dava pra virar a esquerda, eu falei pra Carmen ir buzinando e se enfiando e virar a esquerda na marra" hahaha "Pq em São Paulo tem tanto barbeiro que ninguém bate em vc qdo vc faz isso, eles respeitam".
E quando chegou na maternidade o quarto tava cheio de gente passando o nenêm de mão em mão e a mãe passando mal de calor. Eles ficaram 5 min e foram pra casa de uma parente na Vila Leopoldina, por um caminho ok.
Foram, se hospedaram, deram um tempo, e quando deu seis horas saíram de novo pra maternindade.
Aí eu pulei do sofá "seis horas???" kkkkkkkkkk
Levaram uma hora e meia pra chegar, e pelo caminho certo.
E meu tio falando sério, xingando São Paulo.
O foda é que mais ou menos nessa hora minha irmã ligou pra todos os celulares e ninguém viu, e agora a gente tá preocupado com o furacão em Manhattan. Que coisa mais louca.
Quarta feira, depois do terremoto, mas antes do furacão, alguém me falou "coitada" pra uma amiga com um namorado ruim, e eu falei "coitado é pra vítima de furacão".
Gente, acho que eu não tô com frio pq eu tô com febre de tanto comer :s
Uma amiga hoje falou que tava mal e comendo como se não houvesse "amanhã, balança ou gordura" rs.
E eu percebi que serve pra quem tá celebrando também.
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