the perfect week-end

O domingo em que eu acordei às 7h30 na verdade só começou lá pelas 16h, quando eu cheguei na casa da Carol.

A gente foi numa festa de graça no lugar mais louco possível pra se dar uma festa: a casa das caldeiras.

E por isso, o lugar mais legal! Cheio de porta, beco, escada, passagem secreta.

Entrando lá, ela tava comentando do aniversário de 3 anos do Dante semana que vem, e eu falei de zoeira: "é, eu lembro, ele nasceu dia 28 de Outubro, na pior hora possíivel pra mim". 

Ela riu mas não entendeu.

Aí eu olhei pra cara da Carol e falei: "você não sabe o que aconteceu aquela época, né?".

Ela falou: "é, eu tava ocupada demais parindo".

E contei linearmente e integralmente tudo que aconteceu desde perto do nascimento do Dante até um ano depois. E eu falei algumas coisas que eu nunca tinha contado pra ninguém.

Ninguém mesmo.

Nem minha terapeuta, o que explica a falta que me fez ver a linha reta da coisa.

E pro tanto de erros que eu cometi nessa época, eu vi que enxergar polvos em tudo que eu vejo depois foi light.

(o polvo paul não, esse foi sacanagem mesmo)

Mas eu não contei essas coisas pra ela mal, me confessando, contei como uma história que passou.

Esquece tudo que eu falei, foi que nem a cena do Fellini 8 1/2 em que eles vão visitar aquela construção louca do cenário pro filme do Guido, e ele tem aquela conversa muito foda com a Rosella.

Mas isso não durou nem metade da festa. Depois a gente resolveu explorar a casa inteira, se metendo num túnel que meu deus, demandou desprendimento.
Nossa, e eu desprendi, viu?